4ª GALA SOLIDÁRIA COM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

No teatro Municipal de Ourém – Cidade de Ourém

No próximo dia 29 de Setembro, domingo, às 16h, na cidade de Ourém, a Associação Abraçar São Tomé e Príncipe levará a cabo a sua 4ª gala solidária com o povo de São Tomé e Príncipe, mais concretamente, no distrito de Lembá, cidade das Neves, onde trabalha, há 25 anos, uma ilustre conterrânea nossa, a Irmã Lúcia Cândido das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Este ano, todos os fundos arrecadados serão para a concretização dum projecto educativo e social que terá um forte impacto nas mais de 2.500 crianças e 800 idosos apoiados pelo PDIL – Projecto de Desenvolvimento Integrado de Lembá. A construção dum aviário com galinhas poedeiras para garantir o enriquecimento das refeições escolares e dos idosos desta comunidade com a produção contínua e permanente de ovos.

Um projecto orçado em cerca de 160 mil euros. Tudo terá de ser importado de Portugal. Desde a estrutura geral do aviário, seu correcto equipamento, os pintos, as rações e todo o apoio veterinário e logístico. O que encarece toda a concretização deste desiderato.

Para isso contamos com o apoio de vários patrocinadores oficiais e imensas empresas que se associaram a este evento, incluindo a Câmara Municipal de Ourém que nos cedeu o teatro da sua cidade.

E porque lutamos por causas em que acreditamos, e que fazem a diferença na vida desta população, eis-nos aqui para realizar esta gala solidária para angariação de fundos.

Não fique indiferente. Venha participar e seja solidário.


CONTENTOR SOLIDÁRIO JÁ CHEGOU À GUINÉ-BISSAU
Já foi descarregado todo o material necessário para se iniciar a construção do novo jardim infantil das Irmãs Franciscanas na Guiné Bissau. Material que ascende a mais de 30 mil euros.
Entretanto seguirá uma equipa de voluntários, especialistas em construção civil, para se iniciarem as obras.
Um obrigado muito grande as todas as empresas solidárias que se associaram a esta causa educativa.
POR TODOS CONSEGUIMOS.

CONTENTOR ENVIADO PARA A GUINÉ-BISSAU – CONSTRUÇÃO DUM JARDIM INFANTIL
Foi carregado no dia 21 de Fevereiro mais um contentor de 40 pés para a Guiné-Bissau a fim de ajudar à construção dum jardim infantil das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Foram 26 toneladas de diversos materiais de construção. Depois da sua chegada enviaremos uma equipa de vários voluntários na área da construção civil.
Agradecemos a TODAS as empresas que nos ofereceram todos estes materiais de construção.
POR TODOS CONSEGUIMOS.


O TESTEMUNHO DA NOSSA VOLUNTÁRIA ANA RITA
Olá a todos,
Gostaria de partilhar convosco um pouco da forte experiência que foi o serviço de voluntariado em São Tomé e Príncipe.
Esta missão deu-me a oportunidade de vivênciar na primeira pessoa a realidade de um povo que tanto sofre e ainda assim tem a capacidade de receber de braços e corações abertos os desconhecidos que por lá passam. Desde o momento em que cheguei senti que o espírito de solidariedade estava a abrir em mim portas a nível de expansão pessoal e espiritual, ensinou-me lições de humildade que vou recordar para toda a vida.
Ir a São Tomé e Príncipe é como recuar 50 anos no tempo, ou quem sabe até mais, este povo vive privado de tudo aquilo que consideramos indispensável nos dias de hoje, a mulher São Tomense é um sinal de força e resistência, todos os dias trabalha de sol a sol, lava loiça e roupas no rio pois não existe saneamento básico, cuida dos inúmeros filhos, coloca na mesa o que consegue. Quanto às crianças, muitas delas andam descalças na rua, ajudam as mães, cuidam dos irmãos mais novos.
Há todo um espírito de entreajuda, todos se conhecem e mal ou bem acabam por partilhar o que têm. É lindo ver o espírito de comunidade e o amor entre irmãos, principalmente os mais novos.
A curiosidade por aquilo que um ocidental representa é também muito forte, perguntam quem somos de onde vimos, gostam de tocar na nossa pele e no nosso cabelo, as crianças são muito carentes, abraçam-nos com imensa felicidade e ternura, querem ficar para sempre refugiadas no nosso calor e na atenção que lhes podemos dar. São assim criados laços fortes e conexões muito difíceis de deixar para trás.
Tive a oportunidade de dar apoio no infantário, de ver como são preparadas as marmitas para distribuir pelas famílias mais necessitadas de Santa Catarina, de ajudar no centro social e também de dar algum conforto aos idosos no lar de São Francisco. Tive uma noção de como funciona o mecanismo que nunca pode parar, todas estas tarefas abriram o meu coração e as minhas perspectivas, nunca tinha tido a oportunidade de interagir em tantas áreas. Ver de perto uma realidade tão dura e tão limitante a todos os níveis fez-me entender e reavaliar as verdadeiras prioridades da minha vida. Fez-me sentir uma enorme gratidão por tudo o que tenho, assentou os meus pés na terra.
O trabalho que tem sido feito na Cidade das Neves é notável e já melhorou muitas vidas, no entanto há ainda muita estrada pela frente, há toda uma necessidade de mudar mentalidades por via da educação, para que possam existir mais profissionais de saúde, professores e técnicos habilitados, esses serão os pilares fundamentais para transformar a economia de São Tomé. O foco deverá ser redirecionado, em vez de querer sair/fugir, deverá haver uma motivação para ficar e criar algo melhor, transformar. Este é provavelmente o maior desafio de todos, pois os problemas são imensos, e o sentimento de impotência é forte, mas acredito que se já conseguimos chegar até aqui, podemos ir muito mais longe.
Queria agradecer a todos os que me apoiaram nesta missão, à “Associação Abraçar São Tomé e Príncipe”, que acompanhou todos os meus passos, e ás “Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição”, nomeadamente a Irmã Lúcia e a Irmã Salomé, que me trataram com muito carinho e me ajudaram em todos os momentos.
Esta foi definitivamente uma das experiências mais marcantes da minha vida, espero um dia conseguir voltar, e quero continuar a apoiar esta causa que é fidedigna, aqui sei que todos os esforços chegam às mãos certas!
Obrigada.


O TESTEMUNHO DA NOSSA VOLUNTÁRIA ANA PAULA
Não há palavras suficientes para descrever o que me vai no coração, mesmo aprendendo sons novos a toda a hora…, transborda constantemente das mais diversas emoções!
parece que nem todos os sentidos chegam para absorver tudo o que chega até nós nesta ilha!
Sinto imensa gratidão por tudo o que me é proporcionado, um privilégio enorme por aqui estar, em simultâneo com a ambivalência de se, o meu estar será o contributo correspondente!
Tenho sentido carinho e acolhimento de todas as pessoas, o rosto doce de cada criança, a delicadeza dos mais velhos, apenas pela minha presença!
Dar um pouco do meu tempo e atenção, parece tão pouco! Mas estou a aprender a partilhar o espaço e dificuldades, o interesse de conhecer mais e melhor, assim como o respeito mútuo das diferenças. Tem sido um caminho de enriquecimento, onde me vou sentindo mais inserida a cada momento.
Paula Ferreira


Este é o 55º contentor solidário que a Associação Abraçar São Tomé e Príncipe envia para a cidade das Neves para as Irmãs Franciscanas.
Foram mais 28 toneladas de muita solidariedade: mosaico, cimento, vários materiais de construção; diversa alimentação; material escolar; quadros para as salas de aulas; pneus para a carrinha que leva os almoços aos idosos; óleo e azeite; salsichas; papas para bebés; material de enfermagem; bolachas; material de higiene pessoal; arroz; massas; feijão; conservas… e muito amor e dedicação ao próximo.
Agradecemos a todas as empresas, Instituições e benfeitores por todas estas ofertas.
Por todos conseguimos

CONSEGUIMOS 550 PRESENTES SOLIDÁRIOS PARA AS REFEIÇÕES DAS NOSSAS CRIANÇAS EM SÃO TOMÉ E PRINCIPE-OBRIGADO A TODOS.

A nossa meta era atingir os 600 presentes. Estivemos quase lá. Foi muito bom e agradecemos a todos e a todas que compraram os seus presentes solidários por São Tomé e Principe.

É mais um reforço para a alimentação das nossas crianças.

Um Obrigado especial à FEC que apostou nesta nossa causa.

POR TODOS CONSEGUIMOS

 


TESTEMUNHO DA VOLUNTÁRIA FLORBELA CASTRO.

Quando tomei a decisão de fazer voluntariado, algo que já ansiava a algum tempo não esperava que a experiência fosse tão grandiosa para mim.
Como organizada que tento ser, depois de todos os percalços antes da partida, parecia impossível eu deixar tudo para trás para fazer uma missão de voluntariado.
Parti ao encontro de um povo que me propunha ajudar numa área muito restrita (a medicina dentária), onde os cuidados de saúde primários são escassos.
Quando aterrei pensei – agora estas cá não podes voltar!!!
Recebida de coração pela Irmã Lúcia pensei afinal aqui estou acolhida, só tenho que ajudar como posso.
Os desafios eram constantes apesar de já trazer a informação que poderia acontecer ainda não tinha vivido a realidade, falta internet,falta luz ou falta agua, os banhos de água fresca. O choque de realidade começava a ser assimilado, o povo não tem água em casa, os animais coabitam na rua…a estradas são horríveis. Não há brilho nas habitações, chamam de casas a tábuas  e chapa.
Lavam a roupa no rio, carregam tudo na cabeça e filho nas costas as mulheres.
As crianças caminham descalças, mas mesmo assim partilham um olhar fascinado e um olá entusiasmante.
Estava ali para trabalhar, numa clínica que está totalmente fora dos padrões da realidade que se vive em volta. Às condições são óptimas. A minha chegada é anunciada na igreja nó domingo. Logo na segunda começo a um ritmo acelerado, há tanto para ajudar. Alguns dias começo às consultas às 7h da manhã tentando atender o maior número de pessoas.
Sei que fica tanto e tanto por fazer, eles precisam e eu sinto a impotência de não conseguir fazer mais. Deveria ser continuo e constante a presença de médico dentista, mas infelizmente têm de aguardar o próximo voluntário.
As duas semanas que pareciam muito, passam tão rápido, estou rendida a um povo acolhedor que vivem somente a alegria de estar vivo e nada têm.
Há  crianças com aspecto de subnutrição.
As Irmãs são incansáveis, gerem um projeto que presta assistencia a 3000 seres humanos diariamente e estão atentas a alimentação e colmatam em muito a desnutrição, asseguram uma refeição diária a mais de 2000 crianças não esquecendo as marmitas solidárias num povoado isolado.
Jamais imaginei a grandiosidade.
Afinal o que fiz eu, tão pouco.
Às pessoas parabenizam pela atitude altruísta mas na realidade eu trago mais no coração que tudo o que deixei de alívio de dor e tratamentos dentários.
Fica a esperança de poder voltar. A Missão não acaba aqui…..continua.
Fazer voluntariado não é para qualquer um, mas qualquer um pode ser voluntário. Só temos de fazer a nossa parte, a retribuição e muito maior.
Não saio daqui ‘leveleve’, saio carregada de amor de um povo.
Voltar é palavra de ordem.

Venha participar nesta caminhada solidária, são 4611 Km que distam de Portugal a São Tomé e Principe.

Cada Km são 5 Euros. Podemos caminhar e oferecer 1 ou mais Kms, até chegar a São Tomé e Principe.

Para isso pode fazer a sua oferta por MBWAY 913601483 ou  conta bancaria nºPT50 0033 0000 45610531312 05 com a indicação ” Caminhar Solidário”. Depois terá de nos comunicar o seu nome por email  info@abracarsaotome.org e assim fica habilitado a uma passagem aérea de Lisboa a São Tomé e Principe.

Por todos conseguimos